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Medo versus Alegria

Sidney Jorge • 22 de junho de 2022

Medo versus Alegria

Por Sidney Jorge


Alguns filmes com temas infantis trazem referências interessantes para nossa reflexão e nos permitem certas analogias. Há muito de ideologias, mensagens subliminares em alguns casos, condução do desejo, notamos isso quando uma criança assiste um filme ou desenho e, ao ver a propaganda de um determinado objeto na própria TV ou na loja, associa ao filme, desejando o brinquedo, boneco ou boneca e, dependendo das condições da família, ela consegue o personagem do filme. Muitas crianças ficam apenas no desejo e outras se satisfazem com as réplicas expostas nas barracas da feira ou das ruas.


Exaurindo, por hora, dos reais contextos mercantis, recorro à animação da Pixels “Monstros S.A.” (raramente me debruçava na TV para ver desenhos ou animações, mas assisti vários filmes infantis na companhia dos filhos). O enredo trata de uma empresa de energia, de outra dimensão, onde os monstros têm funções específicas, administrativas, auxiliares, secretariado, chefia, entretanto o fio condutor é dedicado aos monstros cuja função é atravessar uma porta que os leva ao mundo das pessoas, no armário dos quartos das crianças. - visível referência ao famoso “bicho papão” que invadia o armário de nossa imaginação na infância com intuito de algum enquadramento pelos adultos, “fica quieto senão o bicho papão vai te pegar... para de chorar senão..., vem para dentro senão..., vai tomar banho senão..., vai estudar senão... isso, o bicho papão vai pegar.


Pois bem, na história, as crianças viviam com medo da porta do armário. Havia sempre a possibilidade de um monstro aparecer e quando isso ocorria elas gritavam e os gritos produziam a energia acumulada pela empresa e usada para manter o mundo, a dimensão dos monstros. Um dia, em um oportuno descuido, uma criança atravessa a porta para o mundo dos monstros e relaciona, sem medo, com o monstro tido como o mais assustador da empresa, até porque, a empresa tinha dedicado a ela outro funcionário. Há também um projeto oculto de uma máquina cuja função era de roubar, à força, os gritos das crianças. Outro destaque interessante, é que, como na dimensão das crianças, os monstros impunham medo ou, realizavam o medo já presente, na dimensão dos monstros havia também o medo das crianças caso alguma delas ou algum objeto delas atravessasse a porta. O fato é que no final da história, a criança ri e seu riso quase colapsou a energia da empresa, ficando evidente que o riso possuía mais poder que o medo. Resolvidos os problemas da trama, a Monstros S.A. opta por investir no riso das crianças. Os monstros mais assustadores eram celebridade no filme devido a capacidade de fazerem as crianças chorarem. Agora todo monstro poderia visitar a dimensão das pessoas, bastava fazer as crianças sorrirem criando assim uma interação que tornava as dimensões mais saudáveis e com mais energia. Havia muito esforço para provocar o medo que ao mesmo tempo prejudicava também as crianças que estavam constantemente ansiosas diante a porta de seus armários.


E qual a relação com nossas mensagens? Será que precisamos ir longe? Creio que não. Revisando, vimos que, de fato, o medo tem como emoção a ansiedade que vive criando monstros ou cria a expectativas deles, em algum momento, aparecerem e isso paralisa as crianças e, sem dúvida, paralisa a pessoa adulta que pode fundamentar a vida em possibilidades assustadoras colocando dificuldades, reclamação, lamentação e pessimismo em tudo, em qualquer realidade. Há sempre o Bicho papão presente em seus posicionamentos. Há sempre uma ameaça assustadora diante os projetos. 


Outro aspecto importante é sobre a questão das dimensões. Muitas pessoas correm o risco de estarem vivendo na dimensão do MEDO e isso é muito ruim, seu processo é de evasão¹, além da ansiedade, existe a moção de uma constante fuga, inclusive da realidade. A visão de vida é assustadora. A visão de Deus é de um deus punitivo, também ameaçador. O que nós percebemos que nos faz medo? O que nos coloca medo? É real? O meu bicho papão existe? É uma criação minha, uma fuga, é uma programação mental que adequaram em minha mente criando bloqueios e vim concordando com isso?


Mais um detalhe é que nas relações entre as dimensões do medo, tanto na das pessoas quanto na dos monstros havia muito esforço para conseguir energia. O mundo dos monstros vivia sob ameaças. E o mundo das pessoas também precisava de muito esforço para tocar o dia, imagina uma noite mal dormida e ainda com a experiência do medo drenando as energias que possibilitariam um dia feliz após uma noite bem dormida? Se pensarmos bem, há, em nossa sociedade, comunidade, convivência, muitos sinais de medo. Significa que temos que nos esforçar bastante para conquistar as coisas. Significa que o nível de consciência mais comum, infelizmente, ainda está baixo. É pai e mãe ameaçando, colocando medo nos filhos, filhos fazendo isto com os pais, companheiros e companheiras propondo convivência pautada em circunstâncias de medo, patrão ameaçando empregado, às vezes, empregado ameaçando patrão. Governantes ameaçando os cidadãos. Diretores, chefes, superintendentes ameaçando professores e assim vai se atualizando uma gigantesca rede de dimensões amedrontadoras calibradas e vibrando em 100. Devemos mudar isso. Como pode melhorar?²


Ah! Mas tem o riso, tem a alegria. Na tabela notamos que a alegria está calibrada, segundo Hawkins, no nível 540 o que, de acordo com suas pesquisas e o Mapa da Consciência² criado por ele, é potencialmente muito mais expandida que a do MEDO (nível 100). Significa que o nível de consciência da ALEGRIA produz muito, deveras muito mais energia - ironicamente observamos isso no filme também - capaz de eliminar todo resquício dos níveis de consciência abaixo da coragem aliás, para quem chegou na ALEGRIA, não há mais espaço para as emoções de calibragem mais baixas. O que quer dizer que elas seriam tão ínfimas que não afetariam forçosamente a vida de quem está usufruindo do PODER da ALEGRIA. Outro fator, neste nível, é que as dimensões podem até mesmo interagir depois de alcançar e experimentar o fluxo presente na constante ALEGRIA, a serenidade como emoção, a completude como visão de vida, a unidade como visão de Deus e processo de transmutação, de perceber o vigor, o poder da mudança efetivamente presente no universo. Em uma das dicas a orientação foi de brincar com uma criança e de despertar a criança interior. No filme, vimos o poder de uma criança, tanto na ativação do medo, mas, sobretudo, na expansão da ALEGRIA que fez toda diferença na realidade da empresa, podemos imaginar e desejar que essa energia possa transformar nossa vida também, possa invadir nossas piores dimensões e deixar lá o PODER do AMOR, da ALEGRIA, da PAZ, com certeza, estaremos sempre, diante das melhores realidades e oportunidades com muito mais facilidade, alegria e glória.


E agora? Qual realidade desejamos escolher? Do medo ou da ALEGRIA? Em qual dimensão desejamos estar? Do medo ou da ALEGRIA? Em qual empresa desejamos e imaginamos trabalhar? Do medo ou da ALEGRIA? E como desejo trabalhar, desenvolver minhas atividades? Com medo ou com ALEGRIA? Como visualizo receber e administrar meu dinheiro meus recursos? Com medo ou com ALEGRIA? Qual empresa ou empreendimento desejamos criar e constituir? Do medo ou da ALEGRIA? Que sonhos desejos ter? De medo ou de ALEGRIA? Qual caminho minha sabedoria indica? Do medo ou da ALEGRIA? Em qual ambiente desejo, almejo, edificar e morar? Do medo ou da ALEGRIA? Que tipo de convivência e relacionamento desejo, almejo, criar e viver? Do medo ou da ALEGRIA? Qual realidade desejo que se apresente no “armário” da minha imaginação? Do medo ou da ALEGRIA? Quais portas espero, crio e desejo que se abram na minha vida, na minha história? Do medo ou da ALEGRIA?4


Todos níveis, sentimentos, emoções tem um significado e importância em nossa história. Alguns requerem força, outros emanam poder e fluidez. As dicas ficaram e estão pelo caminho, aproveitem a chance e as oportunidades!!!

 

Referências:


1 - Hawkins, David R. Poder vs. Força: os determinantes ocultos do comportamento humano. Tradução: Daniele esprega, Caio Ledesma, Lucas Esprega. 1ª ed, Barueri, SP, Pandora Treinamentos, 2019. p. 94 e 330.


2 - Idem


3 - Heer, Dr. Dain C. Sendo você, mudando o mundo. 2ª ed EUA. ACP (Access Consciousness Publishing, LLC.. 2012.


4 - Idem


Peirce, Penney. Frequência vibracional: as nove fases da transformação pessoal para utilizar todo o potencial da energia interior, tradução Marta Rosas . 1ª ed, São Paulo, Cultrix, 2011.

 


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