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O nível de consciência da culpa

Sidney Jorge • 17 de novembro de 2022

     Refletindo sobre a culpa

Estado de consciência Nível Visão de vida Visão de Deus Emoção Processo
Culpa 30 Infortuna/má Vingativo Falha/ofensa Destruição

     Durante o processo e exercício de pesquisar e escrever  textos e reflexões sobre as frequências vibracionais relativas a alguns sentimentos da pessoa humana, é possível descobrir e compreender algumas situações. Quando um problema ou alguma coisa sai do controle e não ocorre como se planejava ou esperava, normalmente a primeira coisa que vem à mente, nos sentimentos e, às vezes nas falas, é resultado da CULPA, sim, CULPA. Desperta-se uma busca indiscriminada dos culpados, eu, nós, alguém, o filho, a filha, o esposo, a esposa, o companheiro, a companheira, a mãe, o pai, o vizinho, a vizinha, o síndico, o outro, a outra, e até Deus entra nessa lista. Então, iniciam-se as ofensas com palavras e atitudes hostilizadoras, julgadoras, culpabilizadoras. A pobreza de espírito vem à tona, a experiência de um Deus vingativo e o processo destruidor se apresenta, corroendo relações, amizades, trabalhos, convivências, a fé e tudo o que podemos imaginar. Há um pensamento de Robert Kiyosaki  que diz: "Quando as pessoas são incapazes, elas adoram culpar." Funciona assim mesmo, a culpa é sempre do outro, incapacidade, nesse caso, reflete de certa maneira, o baixo nível de consciência de alguém que ao se ver incompetente para realizar certos feitos, aponta o dedo a outras pessoas tentando justificar suas limitações que, muitas vezes, são consequências de determinadas irresponsabilidades, em uma tentativa de disfarçar as próprias faltas. É como o que acontece em algumas partidas de futebol, um jogador da defesa atropela o adversário dentro da área cometendo visível falta, o árbitro marca pênalti que é convertido em gol e, no final da partida, os jogadores justificam dizendo que a culpa da derrota foi do juiz.


     É tempo de seguir rumo a libertação do repetitivo sentimento de culpa. Trava a pessoa na busca de seus verdadeiros sonhos e propósitos. Se é recorrente as emoções e contextos de fixação nos significados desse nível de consciência, pode manifestar certo  comodismo, pois haverá, erroneamente, sempre alguém ou alguma coisa para se culpar para justificar as fraquezas. Sim, os níveis mais baixos de consciência representam fraqueza para as pessoas, muitos sinais de cansaço físico e mental, pois requer muita força para conseguir algo, às vezes simplório e, para elaborar as desculpas de costume. Em níveis mais altos de consciência encontra-se a manifestação de poder o que simplifica e atrai melhores propósitos devido ao alto  grau de percepção, intuição  e verdade.


     De acordo com o Mapa de consciência apresentado por David Hawkins2 o nível de consciência da culpa possui calibragem 30, alguns escritos atuais trazem a referência a Hertz e definem a calibragem da culpa sendo 30 Hz de frequência vibracional, acima do nível de consciência da vergonha, 20 Hz, o mais baixo da escala. Uma rápida pesquisa por “Escala de Hawkins” na Internet mostra como resultado uma tabela colorida onde há a descrição de todos os níveis de consciência3.


     Como pode melhorar? Como sair desse ciclo vicioso tão prejudicial ao ambiente e a vida? Ao perceber algo que não está fluindo bem, um revés inesperado, e ou, uma situação claramente desconfortável, é importante evitar as manifestações da CULPA, a vibração da CULPA, ao invés disso, é interessante elaborar perguntas. ISSO, perguntas:


  • Como pode melhorar?
  • À quem pertence isso?
  • Quais as infinitas possibilidades de soluções para essa questão?
  • Como posso resolver isso?
  • Onde devo ir?
  • Quais comportamentos e atitudes devo tomar como medidas de prevenção impedindo que tal situação ocorra novamente?
  • O que não estou vendo agora?
  • O que não estou vendo e percebendo agora e que se eu visse resolveria esse problema ou, não daria exagerada atenção a ele, sufocando outras eficazes e prósperas oportunidades?
  • Qual a maneira mais sábia e razoável de abordar e solucionar essa situação?


     Percebe-se que, quanto mais se canaliza atenção e energia em determinada situação, mais o universo oportuniza realidades ligadas a essa situação. Então, se para tudo que se vive, o primeiro e, muitas vezes, o único recurso é pautado na CULPA, mais e mais situações se manifestaram para validar essa frequência baixa.  Cotidianamente pessoas amanhecem de mal humor porque acordam culpando e ao final do dia vão dormir de mal humor porque passaram o dia culpando. Lógico que as sociedades possuem sistemas de códigos de condutas para normatizar a convivência entre as pessoas apontando deveres e responsabilidades e, as violações requerem julgamento e compensações. Arrisco a dizer que não deixa de ser resultado das frequências baixas. Vibrações baixas produzem desacordos e conflitos estimulando mais regras, depois, mais violações, em seguida mais culpa, mais julgamentos, mais punições, isso pode acontecer sim, mas, gostaria de olhar para as ocorrências, muitas vezes simples, de nosso cotidiano. Agora, e se estamos com nosso nível de consciência ampliado, será que careceríamos de tantos regulamentos ou, nos adequaríamos na mensagem de Jesus:


     “Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela". Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão. Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando pelos mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele. Então Jesus pôs-se em pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou?" "Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado". Jo 8 7-11.


     E ainda,


     “E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar.
E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:
Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” Mt 22,34-40.


     Amando a Deus e, o próximo como a nós mesmos, certamente veríamos a proposta de uma sociedade alicerçadas em níveis de consciência mais próximas da iluminação, mais próximas de Deus. Não creio que desejaríamos ou dedicaríamos nosso tempo em culpar, prejudicar e aborrecer os outros quando encontramo-nos em circunstâncias de vibrar nas frequências mais altas. E, voltando à reflexão, elabore perguntas, vai ajudar. Soluções se apresentarão, realidades serão transformadas em melhor, nossas vibrações até o dia em que estaremos em níveis onde haverá integração correspondente a mais pura visão de Deus e a percepção de “problemas” será bem diferente, provavelmente nem existirá nas dimensões de plenas e constantes soluções acompanhadas do perdão, da acolhida, do respeito, da valorização da vida e da natureza por serem obras do Criador,  da compreensão da dignidade dos irmãos e irmãs, da inclusão e, da paz.


Referências:


1 - Autor do livro Pai rico, pai pobre.


2- Hawkins, David R. Poder vs. Força: os determinantes ocultos do comportamento humano. Tradução: Daniele esprega, Caio Ledesma, Lucas Esprega. 1ª ed, Barueri, SP, Pandora Treinamentos, 2019.


3- https://puraenergiapositiva.com/escala-das-emocoes-david-hawkins/


Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. São Paulo. Paulus, 1990



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