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Memórias

Sidney Jorge • 17 de maio de 2023

     Memórias

     O que seriam as memórias? São importantes para as pessoas como fontes de dados, conhecimentos e experiências que servem para orientar as ações e práticas atuais e, assim, direcionar os rumos de um futuro possível. O que se define como um evento bom que ficou na memória traz alguma certeza de que seria interessante revivê-lo de alguma forma. Ao contrário, algo que marcou negativamente a memória deve ser evitado a todo custo. Mas, não é bem assim. Memórias são memórias. Sem elas a própria identidade fica comprometida. É assim que percebemos quem padece com a perda de memórias, não reconhece a si mesmo e nem as pessoas que lhe acompanham pela vida. A memória afetiva, a intelectual, a muscular, todas mostram o rumo a seguir de acordo com as introjeções pessoais desde o nascimento, retratando alegrias e/ou traumas. Independentemente das positividades ou intempéries impressas nas memórias, a reflexão busca apontar para o risco de ficar em um estado de aprisionamento a elas.


      “Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante. ” Antoine de Saint-Exupéry – Pequeno príncipe. O que importa para nós? O tempo dedicado a alguma coisa traz um significado especial a essa coisa ou realidade. O pequeno príncipe, no livro com o mesmo nome, dispensa um demasiado cuidado e tempo à rosa, chegando a envolvê-la com uma redoma de vidro a pedido dela. Depois, ela informa que não precisava mais da redoma e tudo que ela lamentava, tossia e pedia servia para que ele se sentisse culpado e preso a ela. Assim, ele sentiu que poderia, após cuidar de outras tarefas de seu planeta, visitar e conhecer outros planetas. O que está nos prendendo? O que tem tomado nosso tempo e cuidado? Qual atenção tenho dispensado às rosas? O que está usando a vaidade, o orgulho, a culpa, o medo para me conter e não deixar cuidar de meu planeta e conhecer outros planetas? O que não deixa melhorar minha realidade, conhecer e melhorar outras realidades?


     São exatamente as memórias. As inúmeras memórias são responsáveis por estabelecerem um padrão de comportamento que criam determinadas realidades. Sem perceber, as pessoas tendem a ficar dominadas e subjugadas por elas. A frase poderia ser substituída oportunamente por: foi o tempo que perdeste com as tuas memórias que as fizeram tão importantes. E quanto tempo não se perde constantemente com as memórias trazendo percepções da realidade controlada por essa insistente dedicação ao passado, criando uma rotina quase que incontrolável de insatisfações que inserem novas, velhas memórias numa corrente cíclica, aparentemente, sem fim.


     Bem, é aí que chega o momento de reapresentar o Ho’oponopono, ferramenta de inspiração havaiana cujo propósito é limpar as memórias, possibilitando uma renovada percepção da realidade. Limpar não quer dizer apagar as memórias, mas, criar um estado de bem-estar a permitir que a luz ilumine essas memórias, tornando-as cristalinas e sintonizando-as com o próprio Deus ou Divindade, até o momento de não se dedicar mais tempo com elas e nem com as artimanhas inconscientes emanadas pelo apego às memórias e sim com a liberação delas. Isso significa liberdade. Trata-se de um processo de ressignificação das várias crenças que limitam a plenitude do Ser, permitindo, de fato, a contemplação da liberdade e do amor. São opções, são escolhas. A consciência faz com que seja assim, opcional.


      Diante às situações e, simplesmente por buscar a inspiração, repete-se: SINTO MUITO, POR FAVOR ME PERDOE, TE AMO, SOU GRATO(A). E, outras fórmulas: TE AMO, SOU GRATO(A). E, as perguntas: quais são as memórias que estão fazendo criar aquela determinada realidade ou percebê-la dessa ou daquela forma? Não se sabe, mas a Divindade sabe e através do Ho’oponopono, cria-se um ambiente para que Ela possa iluminar e limpar as memórias, ressignificando-as para a experiência de uma nova realidade ou, quem sabe, a realidade originária. O ambiente, instância ou estado de consciência onde habita a Divindade é o ponto zero - Joe Vitale traz um livro chamado Limite Zero - o ponto da criação Divina para quem recorre à petição do Ho’oponopono possibilitando a reorganização, o ajeitamento dos equívocos de rotina ao compreender que os fatores exteriores das experiências da vida são responsabilidades de cada pessoa sendo reflexos dos fatores interiores ou, especificamente, as memórias.


     No texto anterior, foi destacado a origem, conceito e como o Ho’oponopono tornou-se uma referência mundial. Entretanto, faltou descrever aspectos sobre a questão das memórias e da relevância delas no contexto desta prática tão libertadora para as pessoas. São inúmeros testemunhos apresentados de verdadeiros milagres e efetivas mudanças de rumo, para melhor, na vida das pessoas. Se, necessariamente, as memórias orientam o caminho a seguir, pode-se imaginar toda a reorientação benéfica de memórias zelosamente iluminadas e limpas através da prática do Ho’oponopono.


     O reencontro com a nova vida espera depois do Ho’oponopono, aqui e agora, esse é o presente.


Referências:


Vitale, Joe. Len, Ihaleakala Hew. Limite Zero. PDF. Microsoft Word - LIMITE_ZERO.doc (nous.life)


https://www.youtube.com/@LucasRadinArgenton

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